top of page

Em ano de pandemia veja dicas para usar seu 13º salário

Em ano de pandemia veja dicas para usar seu 13º salário. Os brasileiros que têm carteira assinada devem receber a primeira parcela do 13º salário até o dia 30 de novembro. Isso vale, inclusive, para aqueles que firmaram acordos com suas empresas para redução de salário em virtude da pandemia do coronavírus.




No entanto, principalmente agora, quando o país passa por uma crise econômica, é preciso ter cautela para usar esse dinheiro. O professor dos MBAs da Fundação Getulio Vargas, Ricardo Teixeira, recomenda, antes de tudo, fazer um planejamento financeiro.

— O cidadão tem que levar em consideração se o dinheiro está sobrando ou não. Se sentir que existe um gargalo com relação a contas do início do ano, o planejamento tem que ser diferente. Será necessário, por exemplo, usar o 13º para pagar a escola dos filhos, comprar material, entre outros— sugere Teixeira. O economista e professor do Ibmec RJ, Gilberto Braga, aconselha definir um orçamento de novembro a março. — Nesse período, as pessoas concentram um grande volume de dinheiro nas contas, porque o salário acumula com 13º e, às vezes, com gratificações de férias, o que faz com que tenham a falsa impressão de que o dinheiro está sobrando e, por isso, podem gastar — explica o economista: — É preciso lembrar que valores antecipados serão descontados depois, para não perder o controle!

Braga ainda alerta sobre a necessidade de guardar uma quantia para o caso de uma segunda onda de Covid-19.

— A reserva para emergência é substancialmente mais importante neste ano porque pode acontecer um novo fechamento da economia, como temos visto no exterior. Quem tiver dinheiro guardado vai passar por esse período com menos sofrimento — diz o economista: — É preciso escolher investimentos de baixo risco para não ficar sujeito a instabilidades do mercado.

RENEGOCIAR É MAIS VANTAJOSO QUE INVESTIR Embora guardar dinheiro para eventuais necessidades futuras seja fundamental, para quem está endividado, renegociar é mais importante do que investir. O economista e professor da Estácio, Eduardo Amendola Camara, lembra que os juros médios para empréstimo pessoal giram em torno de 120% ao ano, e que não há qualquer ativo financeiro com rentabilidade próxima a isso.

— No atual cenário de incertezas, é sempre bom estar em dia com as contas. Reduzir o pagamento dos juros embutidos nas parcelas de empréstimo e financiamento costuma ser o melhor investimento disponível — opina Câmara: — Com as taxas de juros em níveis relativamente menores e com o mercado de crédito sendo reaquecido vale a pena sim sentar para renegociar a dívida existente.

O professor alerta, no entanto, para taxas de financiamento indexadas à inflação, as quais podem parecer muito atraentes hoje, mas podem onerar bastante no futuro.

— Na prática, dívida corrigida a juros pós-fixado é mais arriscado — orienta.

6 visualizações0 comentário
bottom of page